O preço do feijão disparou nos supermercados. Desta vez, 30% em 15 dias. Isso acontece depois de apenas três meses de estabilidade. No primeiro semestre, o produto subiu todos os meses e o motivo foi o excesso de chuva nas regiões produtoras. Agora, a colheita foi ruim de novo, mas por causa da falta de chuva. Queda no preço o consumidor nem esperava. Mas um aumento de 30% em apenas 15 dias foi demais. Em algumas cidades, R$ 3 e R$ 0,10 o quilo passou para R$ 4,39.
"A gente tem que diminuir o consumo, porque o preço está bem elevado. Subiu muito, acima do normal", reclama a comerciante Danila vendrúsculo
"Em casa, eles não abrem mão do feijão, principalmente meu marido. Meu filho não gosta não. Mas meu marido não abre mão do feijão", diz a dona de casa Priscila ventura.
A pressão que o consumidor sentiu no bolso veio do campo: períodos longos de entresafra e, por causa da seca, quebra de produção no Paraná. E se falta feijão no Paraná, os cerealistas começam a comprar de outros estados que produzem menos. Quem paga a conta? O consumidor, claro.
"O feijão estava aproximadamente R$ 1,50 e R$ 0,50 centavos na roça. Hoje nós estamos comprando por R$ 3. O feijão praticamente dobrou o preço nesses 15 dias, devido a essa seca ‘maravilhosa’ que está tendo aí", explica o comerciante Aldo Rodrigues Ferraz,
Trocar o feijão por um outro alimento não é tão fácil assim: e aí o consumidor precisa ser criativo na hora de economizar. Pra isso, uma receita simples que muitas donas de casa já começaram a adotar: reduzir a quantidade de feijão e colocar na panela cenouras, batata e abóbora.Carlos e a mulher fazem mágica na cozinha. Misturam verdura, linguiça e farinha. Ah, e feijão também!
"Um tutuzinho assim, à mineira", lembra o porteiro Carlos Augusto do Nascimento.
"Isso é bom pra gente estar fazendo economia e o feijão fica gostoso", conta
Simone aumenta ainda mais a quantidade de ingredientes: vagem, cenoura e o que o paladar permitir. Fez as contas e descobriu o segredo da multiplicação de um alimento que a família não dispensa nunca.
"Fazendo isso, ele praticamente dobra de quantidade" diz a dona de casa Simone Mendes que usou 250 gramas do produto. Segundo ela, se não utilizasse outros ingredientes precisaria bem mais. "Uns quinhentos gramas".
O Paraná produz 27% de todo o feijão consumido no Brasil. O plantio da nova safra, que já devia ter acontecido no começo de setembro está atrasada por causa da seca. Nós consultamos alguns nutricionistas e eles disseram que a substitutição de parte do feijão por legumes é uma saída interessante para driblar a alta. Mas tem alguns cuidados aí: um deles é procurar os legumes da época para não acabar pagando mais caro. Outro é cozinhar os legumes até o ponto certo, sem que eles desmanchem, aproveitar a água do cozimento para preparar o feijão e só depois que ele estiver pronto, acrescentar os legumes cozidos. Assim, o aproveitamento nutricional é melhor.
(Fonte: De olho no tempo, com informações Portal MS)
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