seca está causando prejuízo para os produtores de leite do oeste do Paraná. A produtividade caiu e, pra piorar a situação, o preço pago pelos laticínios também está menor. Na terra seca, o gado mal encontra comida. Há quase dois meses não cai uma chuva boa na região de cascavel. É difícil matar a fome dos animais com o pasto ralo. Para reforçar a alimentação do rebanho, o criador Valdair Sauer usa silagem e ração, o que aumenta o custo de produção em 30%. Mesmo com este complemento na alimentação, as vacas não dão a mesma quantidade de leite. "A maioria dos produtores tem sentido já uma redução em torno de 20% na queda da produção de leite. Mesmo com a suplementação, ainda assim não se consegue manter os bons níveis de produção", explica Camila Comarella, zootecnista. Quando a produção cai, especialmente neste período de entressafra, o produtor espera compensar as perdas com o preço, que costuma subir, mas desta vez ocorreu justamente o contrário. O valor pago pelos laticínios é mais um agravante. Isso torna a situação de quem produz leite ainda pior. Em junho, Valdair recebia 77 centavos pelo litro, em julho caiu para 70 centavos e em agosto 65. A última remessa saiu por 64 centavos. "Lá no inverno a gente já ouvia dizer que estava faltando leite no Brasil, vamos dizer assim. Com esta falta de leite, o Conseleite baixou. Então, a gente não entende no que eles se baseiam para estar baixando o preço do leite", diz. José Manoel Mendonça, integrante do Conseleite, explica o porquê da queda no período de entressafra. "Houve uma importação de leite do Uruguai e da Argentina, leite in natura, que artificialmente baixou o preço do leite. Esta importação ocorreu como troca de outras matérias primas e de franco e suíno. O Brasil exportou e, para ser feita a exportação, liberou as taxas de importação para o leite Uruguaio e Argentino", explica.
(FONTE:DEOLHONOTEMPO)
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