Em partida que contou com grandes destaques do futebol inglês, os goleiros se tornaram protagonistas e definiram o empate entre Estados Unidos e Inglaterra neste sábado, em Rustemburgo, na estreia do Grupo C da Copa do Mundo. Tim Howard evitou uma derrota da equipe norte-americana ao fazer grandes defesas, principalmente no segundo tempo, enquanto Robert Green decepcionou o time inglês, ao sofrer o primeiro "frango" do Mundial.
Green foi uma aposta do técnico Fabio Capello, que surpreendeu ao deixar o veterano David James no banco, em decisão de última hora. Green fazia boa partida até levar o inesperado gol em chute despretensioso de Dempsey no final do primeiro tempo. A falha de Green, aliada à grande atuação de Howard, acabou decidindo o empate na partida.
O goleiro norte-americano neutralizou sete dos oito chutes a gol da Inglaterra. Ao todo, o time de Capello anotou 16 finalizações, mas oito delas não chegaram à meta de Howard. O norte-americano só não evitou o gol inglês porque a defesa foi surpreendida pela rapidez da Inglaterra na reposição de bola, em arremesso lateral. Gerrard acabou surgindo no ataque, sem marcação, e praticamente não deu chances a Howard.
Depois do gol, porém, o goleiro reinou soberano na defesa norte-americana. Defendeu bolas difíceis de Rooney, Wright-Phillips, Johnson e Crouch, que aplicaram uma pressão no adversário no segundo tempo.
A Inglaterra, que chegou a ser dominada na primeira etapa, controlou a partida depois do intervalo e mostrou maior volume de jogo, fazendo por merecer a vitória. Registrou 5 finalizações a mais que o rival e 8 chutes a gol, contra 4 dos norte-americanos.
O crescimento inglês pode ser aferido pela posse de bola. Depois de ter apenas 42% do domínio na etapa inicial, a Inglaterra terminou a partida com 54% no quesito. Só faltou o segundo gol, evitado com eficiência por Howard.
ARBITRAGEM - O brasileiro Carlos Eugênio Simon, que participa de sua terceira Copa do Mundo, surpreendeu com uma boa atuação neste sábado, ao contrário do que vinha apresentando em jogos no Brasil. Recordista do País em Mundiais, Simon distribuiu, com fundamento, seis cartões amarelos em uma partida de 26 faltas e justificou sua convocação para apitar na África do Sul.
(FONTE: Agência Estado)